Falar sobre dinheiro é o melhor remédio

6 dicas de como abordar o assunto em casa para superar dívidas e realizar sonhos, sem destruir a relação

Maria fez um empréstimo para auxiliar os pais em um problema de saúde, mas não contou ao marido, com medo que ele não aprovasse a decisão. Agora seu salário está comprometido até o próximo ano e toda vez que ele propõe uma viagem ou a troca de um eletrodoméstico, ela desconversa.

Depois de muita insistência, Carlos emprestou dinheiro de suas reservas para o filho mais novo investir em seu negócio próprio. Agora está enrolado em dívidas, mas não pode revelar o segredo ao outro filho, pois isso seria motivo de briga entre os irmãos.

Essas são duas situações reais – os nomes foram trocados para preservar a identidade dos envolvidos – que ilustram o quanto esse tema ainda é considerado um tabu em nossa sociedade, não só entre casais, mas nas famílias de modo geral. Dinheiro é um assunto quase proibido que paira no ar. Ninguém comenta sobre quanto ganha, como gasta ou para quê pretende poupar.

Só que, mesmo escondido, o tema provoca um impacto relevante na vida das pessoas: uma pesquisa recente feita no Reino Unido revelou que 56% dos casos de divórcio são causados por questões financeiras. Aqui no Brasil, apenas 3 entre 100 pessoas afirmam ser totalmente honestas com seus parceiros quando o assunto é dinheiro, segundo a Serasa Experian.

Com diálogo e acordo adequado, dívidas poderiam ser solucionadas, sonhos realizados e metas alcançadas. Mas nesse pacto de silêncio, os problemas se acumulam, as mágoas crescem, as pessoas se afastam e o resultado, quase sempre, é que quando o assunto vem à tona já é tarde para superar os desafios financeiros da família com calma e equilíbrio. Na hora do desespero, decisões são tomadas às pressas, brigas acontecem e todos saem perdendo.

Para evitar desfechos assim, vale a pena investir alguns minutos para conversar sobre dinheiro em família. Veja algumas dicas para tocar no assunto e manter a harmonia no lar:

1. Escolha bem a hora
Não é boa ideia aproveitar o intervalo da novela, final do campeonato ou passeio no shopping para abrir o jogo sobre uma decisão que tomou, perguntar sobre os gastos do parceiro ou planejar a realização do próximo sonho em família. O assunto é sério e pede tranquilidade, por isso, escolha um momento em que todos os envolvidos estejam presentes, sem distrações ou preocupações extras. Se tiver filhos pequenos, peça a algum parente ou amigo para cuidar deles enquanto conversam.

2. Crie uma rotina
Uma boa maneira de evitar que os problemas se acumulem é agendar um horário semanalmente para mostrar as contas, relembrar as prioridades, planejar os sonhos e corrigir as rotas quando necessário. Que tal uma reunião toda segunda-feira à noite? Reúna documentos, planilhas, aplicativos e chame todos para acompanhar, juntos, o controle financeiro da família. Use o Jimbo e as tabelas mês a mês para ajudar.

3. Sonhe junto
Convide a família para sonhar. Separe uma cartolina e uma caneta piloto para essa conversa. Pergunte a cada um o que gostaria de realizar dentro de certo período (seis meses, um ano, cinco anos, etc.) e anote os sonhos na cartolina. Faça um esforço para encontrar sonhos, metas e interesses comuns. Depois, procure criar um consenso para colocar os sonhos em ordem de prioridade, definindo o que terá foco primeiro, o que virá depois e assim por diante. Calcule quanto cada sonho custará na ferramenta Simulador de Sonhos e monte um plano com a ajuda de todos. Quando a família toda se compromete, a realização ganha velocidade.

4. Escute com atenção
Não adianta propor um diálogo se você não estiver aberto a ouvir as opiniões dos outros. Antes de criticar ou reprovar, faça um breve silêncio. Conte até três para processar o ponto de vista da outra pessoa, sem julgar. Depois, tente entender porque ela pensa diferente de você, como ela acha que tal ideia poderá contribuir com a família e quais são os motivos dela. Pergunte “Por que pensa assim? Como se sente sobre isso?” e ouça com atenção.

5. Fale a partir de você
Não acuse, culpe ou responsabilize o outro. Apresente suas preocupações, receios e propostas a partir de você. Em vez de dizer “você não liga para nossas prioridades”, experimente “eu não entendo quando você age desta forma”. Evite apontar o dedo para a outra pessoa e abuse das expressões “eu sinto”, “eu me preocupo” ou “eu tenho receio”. Quando você fala a partir dos seus sentimentos, o outro não se sentirá acuado ou agredido e tentará se aproximar de você.

6. Surgiu um imprevisto? Reunião de emergência!
Uma pessoa da família precisa de ajuda, o carro quebrou, alguém perdeu o emprego? No desespero, tomamos decisões sem pensar e, às vezes, bastaria compartilhar o problema com a pessoa mais próxima para evitar uma situação mais grave ainda. Por isso, antes de sair tomando decisões sozinho, reúna a família (pode ser até por Whattsapp), comunique o fato e peça a todos para dar ideias de como solucionar a situação. Depois, com calma, pesquise as alternativas, justifique a decisão escolhida e veja se há acordo sobre ela. Só então, parta para a ação, contando com o apoio de todos.

Fonte: Meu Bolso em Dia

Como lidar com as contas de início de ano?

O mês de janeiro chegou — e junto com ele também chegam as contas de início de ano. Além dos tradicionais IPTU, IPVA, matrículas de escolas, cursos e anuidades de associações profissionais, vêm também as consequências de nossa autoindulgência natalina.

No entanto, não é hora de lamentar ou de começar a pintar de vermelho o orçamento de 2022, mas sim de agir para corrigir o erro o quanto antes. Neste artigo, trago algumas reflexões e sugestões para não repeti-lo.

Dicas para quem exagerou nas contas de início de ano

Quem está surpreso com as contas de início de ano provavelmente cometeu um erro clássico nas finanças pessoais: negligenciou a importância do 13º salário ou dos bônus e gratificações de final de ano. Se você não conta com esses extras, pode ter cometido outro erro clássico — de não provisionar mensalmente recursos para janeiro, mês de gastos concentrados.

Quem abusou nos gastos no final de 2021 deve inverter o jogo, procurando fazer caixa com a venda de algo que não precise mais. Se você nunca experimentou um site de vendas online, pode ser um bom começo.

Uma alternativa menos trabalhosa — e por isso mais cara — é tomar um empréstimo para equalizar as contas. Não pense em usar seu limite do cheque especial ou em pagar menos do que o total da fatura do cartão de crédito (o chamado crédito rotativo), pois são opções muito caras. As melhores oportunidades costumam estar no crédito consignado e no refinanciamento do automóvel ou imóvel, que nada mais é do que um empréstimo garantido por este veículo ou imóvel.

Como quebrar este ciclo de uma vez?

Para que este ciclo não se repita em janeiro de 2023, alguns cuidados são necessários. O primeiro passo é fazer uma provisão destes gastos. Com o preenchimento da planilha de orçamento doméstico de 2021, você conseguirá fazer uma estimativa das despesas para 2022. Como se trata de recursos para o curto prazo, você deve aplicá-los em um bom produto de renda fixa, como o Fundo DI Simples.

Uma outra técnica é provisionar o 13º salário de 2022 para os pagamentos de 2023. Ao recebê-lo, você já separa uma parte para os gastos de janeiro. Investindo por 1 ou 2 meses, terá um rendimento que vai ajudar a pagar estas contas de início de ano de maneira mais leve. Assim, pagando à vista aqueles impostos do ano seguinte, não terá mais parcelamento — ou seja, quebrando o ciclo uma vez, você terá um alívio perpétuo em suas contas. Essa é a recomendação para que você possa ter um orçamento mais bem planejado no próximo ano.

Para quem não fez nenhum planejamento, a dica é deixar de consumir um pouco no Natal. Será necessário conversar com as pessoas que estão envolvidas na celebração e sugerir um Natal mais criativo, optando, por exemplo, por presentes simbólicos que custem menos.

Haverá frustração? É provável que sim, afinal muitas pessoas desejam ganhar um presente que custe mais. No entanto, se você souber simbolizar algo que transmita uma grande mensagem, como uma poesia ou um conjunto de fotos, a história que tem com esse amigo ou familiar, talvez essa lembrança tenha um valor tão interessante quanto um bem caro. Como consequência desse Natal mais econômico, você terá dinheiro sobrando para janeiro.

Conclusão

Boa parte das escolhas que estão engessando o orçamento vêm sendo carregadas desde o Natal passado, quando você se viu obrigado a parcelar um compromisso diante de uma escolha generosa.

Quebre o ciclo uma vez, e a sua vida será bem mais interessante nos próximos anos. Tenho certeza de que essa atitude vai mudar a sua vida.

Sucesso em suas escolhas e um próspero 2022.

Fonte: BTG Pactual 

Dicas de planejamento financeiro para viajar

Como diria Mario Quintana, “viajar é mudar a roupa da alma”. Uma viagem é capaz de nos transformar, de repaginar nossas vidas. Seja sozinho ou em boa companhia, o importante é aproveitar cada momento, cada emoção… e sem estourar o orçamento, claro!

Quando você viaja, tenho certeza de que não quer se distrair com problemas financeiros. Definitivamente, você não quer perder um grande evento ou experiência porque não planejou bem suas finanças. Afinal, planejar com cuidado os custos de uma viagem resulta em um tempo melhor, com mais tranquilidade.

Pensando nisso, compartilho aqui algumas sugestões para que vocês, “senhores passageiros”, aproveitem com segurança financeira as experiências de uma boa viagem.

Calcule os custos da sua viagem

Seu orçamento irá variar dependendo se você está dirigindo, navegando ou voando para o seu destino, se vai ficar em um hotel ou com amigos, ou se irá comer fora ou cozinhar. Com ajuda da tecnologia, você pode controlar as despesas prováveis de sua viagem. Existem aplicativos em que é possível fazer todo o planejamento de viagem, inclusive simulações de gastos.

Defina um “pote” para viagens

Ter suas despesas planejadas na hora de sair de casa pode eliminar muito o estresse. Após definir os valores, uma solução é ter um “pote” dedicado, ou seja, dar nome ao seu objetivo e investir para realizá-lo. Assim, você poderá contribuir regularmente para a conta de viagens, de acordo com os custos (passagem, acomodação, alimentação, atividades…) e a data em que precisa ter os recursos disponíveis.

Pesquise passagens aéreas

Vai pegar um avião? Procure comprar com antecedência sua passagem e tenha flexibilidade quanto à data do voo – há dias da semana e períodos em que o custo da passagem costuma ser menor. Há diversos sites na internet para pesquisa de passagem. Você pode aproveitar também programas de milhas, companhias aéreas de baixo custo, alerta de preços… enfim, faça uso de ferramentas para economizar.

Fique de olho no câmbio

Quando o assunto é a compra de moeda estrangeira, antecedência é a palavra-chave. Não deixe isso para quando estiver no aeroporto do país de destino. Pesquise as taxas pela internet, comparando as cotações e escolhendo uma empresa credenciada para que sua transação seja feita de forma segura. Outra recomendação é a compra em partes (aos poucos e em diferentes momentos), para alcançar um valor médio das variações cambiais.

Considere fazer um seguro

A vida não lhe dá passe livre só porque você está de férias. Por isso, o melhor caminho é se prevenir. O seguro de viagem para cobrir despesas médicas é uma precaução útil que pode poupar você de possíveis contas médicas. Se você quiser viajar por mais de um ano, o seguro saúde internacional oferece cobertura médica, mas por períodos mais longos do que o seguro de viagem.

Use o cartão de crédito com sabedoria

Com ajuda dos cartões de crédito, fica mais fácil e prático para reservar voos, garantir reservas de hotéis e fazer outras ações online. Se você depende de um cartão para todo o percurso, é fácil rastrear com o que você gastou e onde. Mas cuidado para que as coisas não fujam do controle. Lembre-se de que é você quem definirá se ele será o mocinho ou o vilão nessa viagem. Não deixe de impor limites para suas compras, aproveitando menores preços e melhores condições.

Faça planos para pagar suas contas

Suas contas não vão parar só porque você está de férias. Se vai viajar por um tempo, tenha certeza de que está pagando o que é devido. Automatize tudo o que puder.

Aproveite a viagem e relaxe!

Fonte: Organizze

8ª Semana Nacional de Educação Financeira

De 8 a 14 de novembro de 2021. A 8ª Semana Nacional de Educação Financeira tem como tema deste ano “Planejamento, Poupança e Crédito Consciente: O PLA-POU-CRÉ e a sua saúde financeira”.

A abertura da Semana ENEF será na segunda-feira, 8 de novembro, às 10h, e poderá ser acompanhada pelo canal do Banco Central no Youtube. Para marcar o início da Semana, uma equipe de especialistas internacionais nos ajudará a entender o que é saúde financeira e como o planejamento, a poupança e o crédito consciente podem contribuir para uma vida financeira mais saudável.

Acompanhe a programação no link: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/seus-direitos/consumidor/defesadoconsumidor/ENEF .

Participe também marcando iniciativas de seu interesse ou registrando suas próprias iniciativas!

A importância das premissas atuariais para a adequada avaliação dos planos de benefícios

Quando ouvimos falar de premissas atuariais, podemos não entender em primeira mão o que elas significam e para que servem, mas a partir de alguns esclarecimentos percebemos a sua relevância no âmbito da previdência complementar. As premissas ou hipóteses atuariais são essenciais na garantia de um futuro tranquilo para os participantes e assistidos dos nossos planos de benefícios, na medida em que, se bem dimensionadas através dos estudos e testes estatísticos, buscam estabelecer a melhor estimativa de valor da reserva matemática que representa a obrigação assumida pela entidade com o pagamento dos benefícios estabelecidos nos regulamentos dos planos.

Dentre as premissas atuariais existentes, podemos destacar as mais importantes, que impactam diretamente na concessão dos benefícios previdenciários: as tábuas biométricas de mortalidade e entrada em invalidez e a taxa real de juros anual.

A tábua biométrica, também chamada tábua atuarial ou tábua de mortalidade, consiste em uma matriz de probabilidades de morte e/ou entrada em invalidez, que retrata as expectativas de vida por idade e é utilizada nos planos de benefícios para fins de apuração do valor do benefício de aposentadoria, por exemplo. A escolha de uma tábua adequada, com expectativa de vida esperada alinhada com a realidade observada da massa de participantes expostos ao risco, propicia um justo dimensionamento da reserva matemática que irá fazer frente ao compromisso futuro assumido com o participante do plano de benefícios.

Dizemos que uma tábua de mortalidade está aderente à massa de participantes do plano quando se observa uma aproximação da quantidade de óbitos ocorridos em relação ao que se esperava pelos cálculos atuariais.

A premissa de taxa real de juros é utilizada como taxa de desconto do passivo atuarial, ou seja, para calcular o compromisso financeiro assumido pela entidade com o participante, que receberá, quando completados os requisitados de elegibilidade, um benefício previdenciário.

A taxa real de juros é a premissa atuarial mais complexa, pois a sua escolha pressupõe um alinhamento entre as áreas atuarial e de investimentos, na medida em que o atuário responsável deve balizar a escolha da premissa com base nos cenários econômicos e expectativa de rentabilidade dos investimentos. Portanto, não se pode adotar uma taxa real de juros além da capacidade de retornos dos recursos garantidores (ativos do plano), sob pena de geração de déficits futuros e insolvência no longo prazo.

Em regra, as hipóteses atuariais devem ser as melhores estimativas possíveis para as variáveis adotadas na apuração do custeio dos planos de benefícios, visando sempre a sustentabilidade e a solvência dos planos de benefícios previdenciários. Por isso, é necessária a elaboração de estudos estatísticos de aderência, emitidos por especialistas no assunto, de forma a adotar as melhores práticas fundamentadas pela teoria da ciência atuarial.

Não deixe de checar o nosso canal de educação financeira e previdenciária, o “Universo Postalis”, no link abaixo e sempre se mantenha informado sobre os mais diversos tópicos e tire suas dúvidas: https://www.postalis.org.br/universopostalis/

A importância da Educação financeira na Infância

Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Você, possivelmente, já deve ter visto esta frase. Ela, geralmente, é vista em muros de escolas, parques infantis e, originalmente, é bíblica. Ser bons pais, embora às vezes seja muito desafiador, é algo que oferece grande potencial de felicidade. Os pais podem ter grande alegria criando um ambiente amoroso e estável no lar e ensinando princípios que podem ajudar os filhos a levar uma vida justa, feliz e produtiva. Os pais devem incluir os filhos nas reuniões familiares sobre finanças e ajudá-los a compreender a importância desse tema para seu futuro.

“Pai, gastamos demasiadamente com coisas desnecessárias esse mês” ou “Mãe, precisamos reavaliar nosso orçamento, pois há algo aqui que não está batendo” são frases que fazem parte do nosso cotidiano, certo? Errado! O filho ideal para muitos pais é aquele que tira as mais admiráveis notas no colégio, apresenta um invejado relacionamento social proveniente de uma primorosa desenvoltura e habilidades ímpares. Contudo, apresenta dificuldade em compreender temas ligados a finanças pessoais. Seria ele tão perfeito assim?

A educação faz parte de nossas vidas desde o momento em que nascemos. É através dela que aprendemos as normas de nos interagir socialmente e como agiremos em todos os sentidos de nossa vida. Através da educação secular, podemos conquistar e realizar todos nossos desejos e sonhos. E a educação financeira? O dinheiro também faz parte de nossas vidas desde o momento em que nascemos, e é essencial que aprendamos a conviver com ele de modo equilibrado. Uma pessoa aprende a melhor a lidar com dinheiro quando é ensinada desde criança do que quando se torna um adulto e tem que aprender com os próprios erros, pois a base do modelo financeiro é construída na infância (em torno dos cinco anos de idade). Nesta fase, ela vai absorvendo as impressões que serão levadas para toda vida. Leia mais

Fonte: Paraná Portal

Institutos Previdenciários

O que posso fazer no meu plano de previdência complementar ao me desligar do empregador sem ter os requisitos mínimos para solicitar a aposentadoria?

Essa possível situação foi tratada pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) em 30/10/2003 por meio da Resolução nº 6, que regulamentou o Benefício Proporcional Diferido (BPD), a Portabilidade, o Regate e o Autopatrocínio, como institutos previdenciários nos planos administrados por Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC).

Como regra geral, para que o participante tenha acesso aos institutos previdenciários, é necessário que ele cumpra dois requisitos:

a) a cessação do vínculo empregatício com o empregador; e
b) o eventual preenchimento de alguma carência requerida pelo regulamento do plano de benefícios.

Mas a decisão deve ser embasada no real propósito de cada um dos institutos e consequências em sua aposentadoria, o que pode ser obtido pelo conhecimento das regras e condições estabelecidas para cada caso descrito a seguir.


O Benefício Proporcional Diferido – BPD

Ao participante que não tenha preenchido os requisitos de elegibilidade ao benefício pleno é facultada a opção pelo benefício proporcional diferido (BPD).

A partir do momento que o participante faz a opção pelo BPD, ele deixa de fazer as contribuições normais para custeio do benefício.

O regulamento ou plano de custeio estabelece a forma de desconto da contribuição referente às despesas administrativas e de eventuais coberturas de riscos (morte, invalidez, por exemplo), enquanto o participante aguarda o preenchimento das exigibilidades ao benefício de aposentadoria para requerê-lo.

O benefício de aposentadoria, normal ou antecipado, será devido assim que o participante se tornar elegível, na forma do regulamento.

Tanto no PBD quanto no Postalprev, o benefício pleno é devido a partir dos 58 anos, e o benefício antecipado, a partir dos 50 anos, desde que cumpridos também os requisitos referentes ao tempo de plano e tempo de vinculação ao patrocinador.

A carência vigente para o acesso ao BPD é de 3 anos de vinculação ao plano de benefícios. Na hipótese do participante não ter cumprido esse requisito, ele deve escolher outro instituto previdenciário, como resgate ou autopatrocínio.


A Portabilidade

A portabilidade é a faculdade que o participante tem de migrar seus recursos acumulados no plano originário para outra EFPC, EAPC ou seguradora administradora de plano previdenciário (entidade receptora).

Este instituto deve ter suas condições estabelecidas pelo regulamento do plano de benefício, sendo que sua adesão tem caráter irrevogável e irretratável, ou seja, uma vez exercida a portabilidade, não há como reverter tal processo.

Então, assim que feita a transferência de recursos entre as instituições, o participante cessa o vínculo com o plano originário.

É vedado o trânsito dos recursos financeiros entre participantes e os recursos portados serão mantidos em controle separado.

Quanto ao valor a ser portado, no PBD ele corresponde à reserva de poupança do participante, ou seja, suas contribuições efetuadas ao plano, atualizadas pelo indexador inflacionário (INPC).

No Postalprev, o valor da portabilidade corresponde a 100% das contribuições acumuladas pelo participante e 100% as contribuições vertidas pelo patrocinador em seu nome, ambas acrescidas da rentabilidade do plano, excluídas as contribuições administrativas e para cobertura de benefícios de risco.

No PBD e no Postalprev, para requerer a portabilidade, o participante deve ter no mínimo 3 (três) anos de vinculação ao plano. Os recursos são depositados em conta individual, não podendo transitar entre os outros participantes do plano.

Sobre o valor transferido não incide imposto de renda, uma vez que o recurso não transita pelo participante.

Ao serem cumpridas as exigências estabelecidas pela CGPC nº 6, de 2003, e manifestada a opção do participante pela Portabilidade, o Postalis elaborará o Termo de Portabilidade e o enviará à entidade administradora do plano de benefício receptor no prazo de 10 (dez) dias úteis após a data do requerimento.

O participante deverá informar ao Postalis os dados do plano de benefícios e da entidade receptora da Portabilidade.

O assistido, ou seja, o participante que estiver recebendo benefício, está impossibilitado de optar pela portabilidade.

 

O Resgate

Resgate é o instituto que faculta ao participante o recebimento de valor decorrente do seu desligamento do plano de benefícios.

No PBD, o valor do resgate corresponde ao somatório de suas contribuições ao plano, atualizadas pelo indexador inflacionário (INPC).

No Postalprev, o valor do resgate corresponde a 100% das contribuições acumuladas pelo participante, podendo ser acrescido de uma parcela das contribuições vertidas pelo patrocinador em seu nome, limitada a 70%, acrescidas da rentabilidade do plano, excluídas as contribuições administrativas e para cobertura de benefícios de risco.

Este instituto deve ter suas condições estabelecidas pelo regulamento do plano de benefício, sendo que sua adesão tem caráter irrevogável e irretratável, ou seja, uma vez exercido o direito ao resgate, não há como reverter tal processo. A opção pelo resgate cessa os compromissos do plano de benefícios em relação ao participante e seus beneficiários.

Os recursos oriundos de portabilidade, administrados por EFPC, não podem ser resgatados conforme consta na Resolução nº 19 de 25 de setembro de 2006.

É facultado o resgate de recursos portados de plano de previdência complementar aberta, administrado por Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC.

O pagamento é feito em parcela única ou em até 12 meses em parcelas mensais consecutivas.

Assim que assinado o pedido pelo resgate, o valor é depositado diretamente na conta corrente informada pelo participante, deduzidos os valores referentes ao imposto de renda e eventuais outros débitos que ele possa ter com o Instituto.

O assistido, ou seja, o participante que estiver recebendo benefício, está impossibilitado de optar pelo resgate.

 

O Autopatrocínio

Autopatrocínio é a faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida, para assegurar a percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração ou em outros definidos em normas regulamentares.

O participante ao perder parcialmente o salário-de-contribuição (geralmente ocorre a perda da função de confiança), ele tem a opção de continuar a contribuir para o plano de benefícios no mesmo patamar que anteriormente fazia por meio do Autopatrocínio, mantendo assim a previsão de benefício de acordo com o salário ao qual vinha contribuindo. Para isso ele terá que contribuir com a parte dele e com a diferença da parcela que seria devida pelo Patrocinador.

No caso de perda parcial de remuneração, não há que se exigir a cessação do vínculo empregatício.

Quando ocorre a rescisão contratual com o Patrocinador, a perda da remuneração é total, podendo ficar com seu vínculo ao plano de benefícios como Autopatrocinado, mantendo dessa forma todos os direitos que até então estavam garantidos. Essa opção deverá ser feita no prazo máximo de 30 (trinta) dias à data da rescisão.

Observada a modalidade do plano de benefícios, as contribuições do participante que optar pelo autopatrocínio não poderão ser distintas daquelas previstas no plano de custeio, mediante a utilização de critérios uniformes e não discriminatórios. Isso se aplica aos planos de benefício definido (BD).

A opção pelo autopatrocínio não impede que posteriormente venha requerer o BPD, Portabilidade ou o Resgate, desde que preenchidas as exigências regulamentares.

O participante que não pagar por 3 (três) meses consecutivos as contribuições ao plano de benefícios será notificado, e se não liquidar o débito em 30 (trinta) dias, terá a sua inscrição cancelada, sendo garantido a ele somente o valor do resgate.

 

Como funcionam os institutos previdenciários no Postalis?

O participante, após receber a comunicação da rescisão do contrato de trabalho com o patrocinador, recebe do Instituto um extrato previdenciário do plano para orientá-lo sobre as opções disponíveis.

A partir dessa data, o participante terá o prazo de 30 (trinta) dias para exercer a opção por um dos institutos previdenciários ou questionar as informações fornecidas.
O Postalis segue as regras vigentes no CGPC nº 6, de 2003, considerando as opções pelo BPD, Portabilidade, Resgate e Autopatrocínio.

Importante ressaltar que conforme consta na Resolução CGPC nº 6 de 2003, o participante que não optar formalmente pelo BPD, portabilidade, resgate ou autopatrocínio nos respectivos prazos estabelecidos no regulamento do plano, terá presumida sua opção pelo BPD, atendidos os pré-requisitos previstos no regulamento.

Este artigo busca dispor aos participantes maior conhecimento das regras de previdência complementar e do funcionamento dos planos de benefícios administrados pelo Postalis, auxiliando no processo de escolha da alternativa que melhor se adeque aos seus interesses, cumprindo também para o desenvolvimento da cultura previdenciária entre nossos participantes.

Gerência de Gestão Previdencial

Os 6 benefícios da Lei do Superendividamento

Lidar com dívidas faz com que as pessoas percam o sono e tranquilidade. Ninguém espera, de uma para outra, deixar de pagar seus compromissos financeiros.

Devido ao contexto atual, a nova Lei do Superendividamento (nº 14.181/21) pode ajudar a colocar as coisas em ordem e previne ainda preocupações futuras, neste sentido. Entenda quais são os seus benefícios.

O que é a Lei do Superendividamento?

A nova lei sancionada propõe ações contra o superendividamento dos consumidores.

Por superendividamento entende-se a impossibilidade das pessoas não conseguirem efetuar seus pagamentos, em situações de boa fé, e isso sem a necessidade de comprometer outros gastos básicos. Afinal, quando se chega nesse último estágio o cenário fica ainda mais grave.

Dependendo da dívida, o seu acúmulo pode significar também o aumento da cobrança de taxas de juros e outras implicações, como a negativação financeira – o que limita mais a obtenção de dinheiro extra. Assim, a dívida pode evoluir com o passar do tempo, aumentando o saldo devedor e entrando no efeito “bola de neve”.

Mas como saber se você é ou não um superendividado? Se você está sem condições financeiras de assegurar o mínimo existencial, pode ser um deles.

Portanto, deve saber prioritariamente quais as 3 principais lições dos superendividados e seguir essas dicas.

Os 6 principais benefícios da Lei do Superendividamento

Confira agora as novidades que a lei apresenta:

1 – Quem contrata crédito deve ter condições mais justas

Quem tem algum tipo de empréstimo, pode ser acometido por uma doença ou ficar desempregado, por exemplo. Outros motivos também podem levar ao atraso ou à inadimplência. Eventualmente, a situação pode ser reflexo de uma situação isolada. Outras vezes, passa a ser um comportamento padrão.

Pela nova lei, os apelos publicitários de empréstimos sem consulta ou que não levem em conta a capacidade de pagamento do tomador não podem ser mais utilizados. Logo, a proteção financeira começa antes mesmo da contratação de um novo crédito.

2 – Revisão de contratos

O superendividado pode solicitar ao Judiciário a revisão de todos os contratos com pagamentos pendentes, o que pode ser feito ao mesmo tempo. Em contrapartida, deve apresentar um plano de pagamento no prazo de até 5 anos.

Em tempo, o Juiz pode solicitar ao credor uma contraproposta para regularização da dívida, estabelecendo prazos, valores e formas de pagamento. Portanto, os consumidores podem fazer acordos e unificar as dívidas.

3 – Direito ao mínimo existencial

Embora esse valor não seja fixado, é garantido a essas pessoas uma quantia mínima para viver. Em outras palavras, a ideia é impedir a exploração de pessoas mais vulneráveis que, em geral, acabam contraindo mais dívidas – até para pagar o básico.

4 – Transparência

As instituições financeiras devem deixar claro quais são os riscos envolvidos em uma operação de empréstimo, bem como explicitar os custos totais.

O Custo Efetivo Total (CET) deve ser detalhado em propostas e no contrato. No momento da contratação de um empréstimo é importante rever todas as informações como: valor solicitado, taxa de juros, número de parcelas, taxas de juros e outras tarifas cobradas.

Os consumidores devem deter uma via do contrato assinado, até para ter ciência e mais segurança e, em nenhuma hipótese esse direito pode ser negado pelo banco.

5 – Menos assédio

A Lei do Superendividamento proíbe ainda qualquer tipo de assédio a esse grupo relativos à contratação de créditos, financiamento ou outras operações sem real necessidade.

Ao violar a regra ou se houver abuso as instituições devem ser denunciadas. No caso do empréstimo consignado, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os servidores públicos e trabalhadores de empresas privadas podem pedir o bloqueio de ligações com oferta de crédito.

Como medida complementar, os segurados da Previdência Social podem manter o benefício bloqueado para empréstimos. A liberação é feita online, pelo Meu INSS, e pode ser solicitada somente no momento da contratação.

6 – Educação financeira em primeiro lugar

No cerne da Lei do Superendividamento está a educação financeira. Ampliar o acesso à informação, criar mecanismos de regulamentação e fiscalização e demais ações de prevenção a fraudes é essencial.

Com os consumidores cada vez mais informados e cientes dos seus direitos, é esperado que ao tomar qualquer crédito, essa atitude seja realizada de forma mais consciente.

Portanto, a intenção clara é a de evitar que as pessoas comprometam mais do que podem do seu orçamento e, em caso de qualquer imprevisto ou urgência, ainda estejam protegidos.

Fonte: Organizze

O que você precisa saber para se aposentar?

Quando se fala em aposentadoria, logo o pensamento vai para o futuro e somos tomados por uma onda de sentimentos de felicidade, de medo e até de novos sonhos, afinal é um novo ciclo na vida onde novas portas se abrem.

Assim, para auxiliar no amadurecimento da sua decisão previdenciária relativa às aposentadorias programadas ofertadas pelos planos de sua previdência complementar administrados pelo Postalis, abaixo seguem os principais pontos que entendemos que você deva saber.

O participante passa a ter o direito de receber o benefício de aposentadoria dos planos PBD ou Postalprev quando se desliga dos Correios e tem no mínimo 50 anos de idade. No Postalprev é preciso também ter no mínimo 10 anos de serviço nos Correios e 5 anos de contribuições para o plano.

O valor do benefício de aposentadoria e os descontos apresentam particularidades para cada plano:

Plano de Benefício Definido com Saldamento (PBD)

  • O pagamento da aposentadoria é vitalício.
  • O crédito em conta bancária é realizado entre o último dia útil do mês de competência e o 5º (quinto) dia útil do próximo mês.
  • Pagamento de abono anual (13º salário) no mês de dezembro.
  • Todos os anos, no mês de agosto, o valor da aposentadoria é reajustado pela variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) divulgado pelo IBGE.
  • Ao fazer a opção pela aposentadoria o participante também está protegendo a sua família na sua falta, com os pagamentos dos benefícios de pecúlio e pensão por morte aos seus beneficiários.
  • Os descontos realizados no benefício de aposentadoria são:
     – Contribuição normal calculado sobre o valor do benefício bruto mensal.
    – Imposto de renda calculado conforme tabela progressiva.
    – Contribuição extraordinária destinada ao custeio de déficit do plano (planos de equacionamentos).
  • O valor do benefício de aposentadoria foi calculado quando do saldamento do plano em março/2008, podendo ser consultado o valor previsto atual no Extrato Individual disponível no aplicativo do Postalis ou a sua página pessoal no Postalis Online.

Plano Postalprev

  • O benefício de aposentadoria é calculado sobre o saldo da Conta do Participante, correspondente a 100% do valor das suas contribuições e das contribuições depositadas pelo Patrocinador.
  • Você decide como quer receber o benefício no momento da aposentadoria, dentre as seguintes opções:

        – valor mensal vitalício; ou

        – valor mensal calculado sobre um percentual entre 0,6% e 1,5% até o encerramento do saldo.

  • No primeiro pagamento da aposentadoria você também poderá optar por sacar um valor à vista de até 25% do saldo da Conta do Participante. Fazendo essa opção, o seu benefício de aposentadoria será calculado sobre o saldo remanescente.
  • No mês de dezembro há o pagamento do abono anual (13º salário).
  • Todos os anos, no mês de julho, o valor da aposentadoria é reajustado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) divulgado pelo IBGE.
  • Ao fazer a opção pela aposentadoria você também está protegendo a sua família na sua falta, com o pagamento de pecúlio e pensão por morte aos seus beneficiários.
  • Os descontos realizados no benefício de aposentadoria são:
    – Contribuição administrativa calculada sobre o valor do benefício bruto mensal.
    – Imposto de renda calculado conforme a tabela, progressiva ou regressiva, escolhida pelo participante na adesão ao plano.
  • O valor do benefício de aposentadoria pode ser consultado no Extrato Individual disponível no aplicativo do Postalis ou pela sua página pessoal no Postalis Online.

Quando chegar o momento de solicitar o seu benefício de aposentadoria comunique a sua decisão ao Postalis, entrando em contato com a Central de Atendimento ou envie uma mensagem para o Fale Conosco disponível no site.

Os planos PBD e Postalprev oferecem também as opções dos Institutos Previdenciários para aqueles que decidirem utilizar sua poupança previdenciária de outra maneira, que não o recebimento do benefício mensal, ou aqueles que ainda não cumprem as condições estabelecidas para requerer a aposentadoria.

Os Institutos Previdenciários são: Resgate, Portabilidade, Autopatrocínio e Benefício Proporcional Diferido (BPD). Saiba mais sobre o assunto nas próximas publicações.

Por fim, acreditamos que a sua aposentadoria deva ser pensada e planejada hoje, para evitar frustação e desconforto quando chegar o seu momento e para que você tenha a certeza de que está tomando as melhores decisões relacionadas às suas finanças e à sua aposentadoria.

Gerência de Benefícios – GBE/DGP

As diferentes modalidades de planos de benefício

Entenda seu plano de benefícios

De acordo com dados do IBGE, a expectativa de vida do brasileiro cresceu nas últimas décadas. Em 2000, a nossa estimativa média de vida era de 69 anos. Porém, em 2020, o brasileiro chegou à média de 76,7 anos.

Se por um lado a expectativa de viver mais é uma boa notícia, ela também nos remete à importância de se planejar esse período futuro, em que estaremos custeando as nossas despesas com os recursos da aposentadoria. Como sabemos, o benefício concedido pelo INSS muitas vezes não garante o mesmo padrão de vida que o trabalhador tem quando está na ativa.

É aí que entra o plano de previdência complementar, para ajudar a encarar a fase da maturidade com tranquilidade e segurança.

Como você sabe, existem dois tipos de previdência complementar: os planos de previdência complementar abertos, aqueles comercializados pelas instituições financeiras, conhecidos como VGBL e PGBL e os planos de previdência complementar fechados, oferecidos a um grupo de empregados de uma ou mais empresas (patrocinadoras), são os fundos de pensão.

O Postalis é uma entidade fechada de previdência complementar. É o fundo de pensão dos empregados dos Correios. Nesse modelo, o participante paga a sua contribuição e a patrocinadora – empresa da qual ele é empregado – também contribui com uma parte igual àquela depositada pelo empregado.

Detalhes sobre a forma de contribuição, percentuais, etc, podem sofrer modificações de um plano para outro, mas estão sempre estabelecidos no regulamento do plano.

Em 2005, o Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC), do Ministério da Previdência Social, normatizou os planos previdenciários que podem ser oferecidos pelas entidades de previdência complementar e os dividiu em três modalidades: benefício definido, contribuição definida e contribuição variável.


Os Planos de Benefício Definido

Em planos de Benefício Definido (BD) o valor estimado da aposentadoria é estabelecido no momento em que o participante adere ao plano.

O Plano de Benefício Definido é baseado no regime de mutualismo. Participante e patrocinadora depositam mensalmente contribuições em uma única conta de onde advém recursos para pagamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas, ou seja, os riscos são divididos entre toda a coletividade.

Nesse plano não se constituem saldos de conta e sim reserva matemática, que seria o montante de recursos necessários para fazer frente ao direito acumulado de cada participante. O cálculo de qual será o valor das contribuições é feito atuarialmente.

O primeiro plano oferecido aos empregados dos Correios foi um plano nessa modalidade. Esse plano foi saldado em 2008 em razão de problemas estruturais e os participantes passaram a ter direito a um Benefício Proporcional Saldado(BPS).

A substituição dos planos BD por planos CD ou CV é uma tendência mundial. No Brasil, esse processo teve início nos anos 90, em decorrência da constatação de que a modalidade de Benefício Definido gerava déficits e causava desequilíbrios que inviabilizavam a sustentabilidade desse tipo de plano no longo prazo.

A principal vantagem atribuída aos planos de benefício definido é a de que essa espécie de plano garante a renda inicialmente pretendida pelo participante. No entanto, estudos atuariais demonstraram que grande parte dos planos BD caminhava para uma encruzilhada em que, para se manter o equilíbrio do plano os participantes teriam que arcar com contribuições muito altas, inviabilizando assim o próprio plano.


Os planos de Contribuição Definida

Na modalidade de Contribuição Definida, o participante, ao aderir ao plano, tem conhecimento do nível das contribuições, as quais determinarão os níveis de benefícios futuros.

Nessa espécie de plano, a capacidade de poupar do trabalhador tem uma relação direta com o valor de seu benefício. Quanto maior o percentual de contribuição ao longo do período de acumulação, maior será o seu saldo de conta e, consequentemente, maior será o valor de sua aposentadoria.

Cada entidade tem, em seu regulamento, regras próprias com relação aos percentuais contributivos. De certa maneira, podemos dizer que nessa modalidade o participante decide, de acordo com suas possibilidades e planos para o futuro, com qual percentual de seu salário contribuirá para formação de sua poupança previdenciária.

Sendo assim, no plano CD, o benefício será diretamente proporcional ao valor que foi acumulado e capitalizado ao longo do tempo.
Diferentemente do BD, no plano CD os participantes terão uma conta individual onde serão depositadas as contribuições vertidas pela patrocinadora e pelo participante em seu nome, somadas ao valor dos rendimentos financeiros.

Como você pode ver, nos planos CD, o benefício que você receberá no futuro dependerá dos valores acumulados em seu saldo de contas e também da rentabilidade dos investimentos.

Nos planos dessa modalidade não há mutualismo. Os recursos são mantidos no saldo de conta individual tanto na fase de formação de poupança, quanto na fase de percepção do benefício.

Esse tipo de plano confere ao participante uma renda de acordo com o saldo das suas contribuições e daquelas feitas pela patrocinadora, acrescidos dos resultados dos investimentos, sendo o recebimento do benefício por um determinado número de anos, cotas ou percentual do saldo.

A condição para pagamento do benefício está relacionada ao saldo de contas e, por isso, é muito importante que os participantes de planos dessa modalidade acompanhem mensalmente o extrato de seu saldo de contas.


Os planos de Contribuição Variável

Esta modalidade combina características dos planos de Contribuição Definida e Benefício Definido. O PostalPrev , por exemplo, é um plano estruturado na modalidade de Contribuição Variável(CV). Esses planos agregam características de Contribuição Definida na fase laborativa e de Benefício Definido na fase de percepção do benefício.

Durante o período de formação de reserva, na fase ativa do trabalhador, o plano é individualizado e as contribuições feitas pelo participante e pela patrocinadora ficam registradas no saldo de contas pessoal, como acontece no plano CD.

Após a concessão do benefício de aposentadoria, apurado a partir do que o foi acumulado no saldo de contas individual, o plano assume características de plano de BD, onde o equilíbrio atuarial é fundamentado no coletivo. Portanto, neste sistema, é o participante quem decide, dentro de limites estabelecidos pelo regulamento, com qual percentual do seu salário quer contribuir para assegurar, futuramente, um complemento de renda. No Postalis, a contribuição poderá ser alterada a cada ano, para mais ou menos, dentro de um percentual estabelecido pelo regulamento.

Isso permite que o participante opte por pagar um valor mensal que cabe em seu orçamento, de acordo com as suas prioridades e possibilidades no período. Outra vantagem desse modelo é que ele dá ao participante a liberdade de fazer aportes extraordinários, para aumentar o seu saldo de contas.

Usando os simuladores no site do Postalis, o participante pode avaliar o nível de benefício que deseja receber e qual o percentual que deve contribuir para que possa atingi-lo. O valor exato do benefício, no entanto, não é previamente conhecido, pois somente poderá ser apurado com precisão na data da aposentadoria.

Como o período de acumulação dessa modalidade tem as mesmas características do plano CD, esse tipo de plano também favorece aqueles que tiverem maior capacidade de poupança. Quanto mais cedo o participante começa a contribuir, mais tempo terá para acumular recursos. Quanto maiores as sua contribuições, maior será o seu saldo de conta e, portanto, maior será o valor de sua aposentadoria.


É bom ficar atento

Será que você é um participante atuante e bem informado sobre o seu plano? Faça o teste, responda às perguntas abaixo:
• Você tem acesso ao Estatuto e ao Regulamento do Plano?
• Você sabe qual é a Política de Investimentos do seu plano?
• Você conhece qual o montante acumulado no seu saldo de contas?
• Você já leu o Relatório Anual de Informações da entidade que administra seu plano de benefícios?
• Você costuma consultar o site do Postalis para se manter informado?
• Você já participou de eleição de membros do conselho fiscal e conselho administrativo?
Se você respondeu não a qualquer uma dessas perguntas, é melhor ficar atento. Cuide de seu futuro!