Imposto de Renda Retido na Fonte: veja como é calculado

 

Olá, sou a Mariana Inoue – Técnica Previdenciária da Gerência de Benefícios e vou falar de Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF.

Foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 2.141 de 22/05/2023, com a nova tabela para cálculo do imposto de renda que está em vigor desde 05/2023, segue abaixo:


Nesta Instrução Normativa, se tornou obrigatória pela fonte pagadora, ou seja, o Postalis a realizar 2 (dois) cálculos de imposto de renda da tabela progressiva: o “completo” e o “simplificado”, comparar e aplicar o mais benéfico para o aposentado e pensionista, o qual foi implantado nas folhas de benefícios de aposentadoria e pensão por morte neste mês de outubro.

Veja bem a diferença entre os cálculos: o cálculo da retenção do imposto de renda “completo” considera na apuração da base de cálculo as isenções e as deduções que o assistido tem direito. Já na apuração da base de cálculo da retenção do imposto de renda “simplificado” é considerado apenas o desconto referente a 25% do valor máximo da faixa com alíquota de 0%, ou seja, pela tabela atual o valor de R$ 528,00.

Vamos exemplificar: (Situações fictícias)
O Sr. Felizberto tem um benefício e apenas 1 dependente de imposto de renda:
• Rendimento bruto: R$ 2.900,00
• Contribuição de assistido: R$ 252,30
• Dedução por dependente: R$ 189,59

1º Cálculo: Imposto de renda “completo”:
Apuração do rendimento tributável = R$ 2.900,00 – R$ 252,30 – R$ 189,59 = R$ 2.458,11

Neste a alíquota de tributação é de 7,5% e a dedução de R$ 158,40, conforme a tabela progressiva de imposto de renda. Portanto, o valor do imposto de renda é:

Apuração do imposto de renda = (R$ 2.458,11 * 7,5%) – R$ 158,40 = R$ 25,96 de imposto a recolher

2º Cálculo: Imposto de renda “simplificado”:
Apuração do rendimento tributável = R$ 2.900,00 – R$ 528,00 = R$ 2.372,00

Veja que só deduz o desconto simplificado, que neste caso é maior que a dedução de dependentes de IR + contribuição, a alíquota continua a mesma 7,5% e dedução de R$ 158,40. Portanto, o valor do imposto de renda é:

Apuração do imposto de renda = (R$ 2.372,00 * 7,5%) – R$ 158,40 = R$ 19,50

Realizando a comparação dos 2 cálculos:
• Imposto de renda “completo: R$ 25,96
• Imposto de renda “simplificado”: R$ 19,50

Uau!!! No benefício do Sr. Felizmino será aplicar o menor imposto, ou seja, o imposto de renda simplificado de R$ 19,50.

Olha outro exemplo:
Já a Sra. Felizmina tem o benefício e já completou 65 anos de idade.
• Rendimento bruto: R$ 5.900,00
• Contribuição de assistido: R$ 513,30
• Dedução de 65 anos: R$ 1.903,98

1º Cálculo: Imposto de renda “completo”:
Apuração do rendimento tributável = R$ 5.900,00 – R$ 513,30 – R$ 1.903,98 = R$ 3.482,72

Neste a alíquota de tributação é de 22,5% e a dedução de R$ 651,73. Portanto, o valor do imposto de renda é:

Apuração do imposto de renda = (R$ 3.482,72 * 22,5%) – R$ 651,73 = R$ 131,88

2º Cálculo: Imposto de renda “simplificado”:
Apuração do rendimento tributável = R$ 5.900,00 – R$ 528,00 = R$ 5.372,00

Com o rendimento tributável apurado de R$ 5.372,00 a alíquota de tributação é de 27,5% e a dedução de R$ 884,96. Portanto, o valor do imposto de renda é:

Apuração do imposto de renda = (R$ 5.372,00 * 27,5%) – R$ 884,96 = R$ 592,34

Realizando a comparação dos 2 cálculos:
• Imposto de renda “completo: R$ 131,88
• Imposto de renda “simplificado”: R$ 592,34

Ohh!!! No benefício da Sra. Felizmina será aplicado o menor imposto, ou seja, o imposto de renda completo de R$ 131,88.

Espero ter ajudado!!

Em caso de dúvidas, entre em contato com a Central de Atendimento pelo telefone 0800-879-0300, que você será muito bem atendido(a) pela nossa equipe, ou se preferir, abra um chamado pelo fale conosco.

Revisão da aposentadoria do INSS: vale a pena pedir a revisão da vida toda?

Entenda as situações em que a revisão da aposentadoria pode ser benéfica e como dar entrada no pedido

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou em 13 de abril de 2023 a decisão final sobre a revisão da aposentadoria do INSS, que permite aos brasileiros usarem os salários de toda a sua vida contributiva para calcular o benefício que recebem mensalmente. Até agora, o cálculo considerava apenas os valores dos salários recebidos após julho de 1994, quando entrou em vigor o Plano Real.

Mas será que a revisão é vantajosa para todos os beneficiários? Antes de tomar qualquer decisão é preciso fazer as contas, já que o pedido pode alterar para mais ou para menos os valores da aposentadoria.

Se você tem pais, avós e outras pessoas aposentadas na família e em seu grupo de amigos ou já se aposentou, nesta matéria você descobre em quais situações é benéfico entrar com o pedido, conhece os critérios e os cuidados necessários para evitar que a revisão acabe piorando a renda recebida da previdência social, em vez de melhorar.

Quem tem direito à revisão de toda a vida do INSS
O pedido de revisão da vida pode ser feito por todos os beneficiários que tenham se aposentado por idade mínima, tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio por incapacidade permanente e pensão por morte. No entanto, há algumas regras para isso. Podem pedir a revisão as pessoas que:

  • Tenham se aposentado entre 29 de novembro de 1999 e 12 de novembro de 2019 e que tenham contribuído para a previdência antes de julho de 1994.
  • Tenham recebido o primeiro auxílio, aposentadoria ou pensão há menos de dez anos.
  • Verifiquem que recebiam salários maiores antes de julho de 1994 e façam o cálculo para ver se a revisão será benéfica.

Como pedir a revisão da aposentadoria

Por enquanto, o caminho para solicitar a revisão de toda a vida da aposentadoria é entrar com uma ação individual na Justiça, por intermédio de um advogado. Isso pode ser alterado a qualquer momento pelo INSS, para que o pedido seja feito sem a necessidade da ação judicial.

No entanto, antes de ingressar com o pedido, é necessário analisar a situação e fazer os cálculos para entender se vale mesmo a pena seguir adiante. Segundo o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), esse passo é importante já que em alguns casos, a inclusão de contribuições anteriores a 1994 pode não ser benéfica.

Também é necessário reunir alguns documentos para levar o processo adiante, como RG, CPF, comprovante de residência, informes das contribuições, carteira de trabalho, carnês do INSS e carta de concessão (documento que comprova o direito do segurado ao benefício). Essa rotina poderá ser alterada caso o acesso a esse serviço venha a ser oferecido por meio de login no portal Meu INSS.

Quando vale a pena pedir a revisão de toda a vida do INSS

Confira se fazer a revisão de toda a vida da aposentadoria INSS é benéfico para você
Recorrer à revisão de toda a vida da aposentadoria nem sempre é vantajoso. Isso porque a aposentadoria leva em conta a média de todos os salários recebidos em um determinado período de tempo. Até agora, ela era calculada com base nas contribuições feitas após julho de 1994 e, com a revisão, ela passaria a incluir também os salários recebidos antes dessa data.

Para entender se a revisão de toda a vida do INSS é benéfica, é preciso, então, somar todos os salários recebidos ao longo do tempo, considerando as conversões de moeda para o Real – até 30 de junho de 1994, a moeda vigente era o Cruzeiro – e fazer a média. O mesmo deve ser feito com os salários recebidos a partir de julho de 1994. Comparando os resultados, se o valor for maior considerando o salário de toda a vida, a revisão pode ser uma boa ideia.

De acordo com o IBDP, a revisão de toda a vida é vantajosa para quem fez grandes contribuições para o INSS antes de 1994 e contribuições menores no final de sua vida profissional. Da mesma forma, quem tinha salários mais altos antes de 1994 pode se beneficiar da revisão, pois eles passam a entrar no cálculo do benefício, aumentando o valor recebido da aposentadoria.

Em outros casos, porém, a revisão pode diminuir o valor da aposentadoria. Se, ao simular o valor do benefício considerando remunerações antigas, o resultado for menor do que o atual, a orientação é não pedir a revisão. Se necessário, consulte um especialista em previdência para fazer os cálculos corretamente.

Fonte: Meu Bolso em Dia

A importância da educação financeira e como abordar com os seus filhos

Aformação humana costuma ser uma preocupação recorrente entre as pessoas que têm filhos. No que se refere à educação financeira, o desenvolvimento de habilidades relacionadas a este tipo de educação não está restrito apenas a uma formação formal com aulas específicas. Quanto mais cedo houver esse estímulo dentro da esfera familiar, como o hábito de manter conversas sobre o dinheiro entre os pais e seus filhos, melhor para o desenvolvimento de atitudes, comportamentos e habilidades que geram futuros adultos financeiramente independentes, responsáveis e com maior consciência de suas economias e hábitos de consumo. Com a finalidade de auxiliar os pais nesta jornada, apresentaremos alguns modos de abordar a educação financeira com os seus filhos e a sua importância.

O primeiro passo é compreender que a educação financeira e os hábitos financeiros dos seus filhos, principalmente quando crianças, são influenciados por diversos fatores, mas, de acordo com o artigo Financial Literacy: From Parent to Child¹, escrito por Emilynn Bleazard, quando os pais incentivam a educação financeira em casa, estão contribuindo para que os filhos desenvolvam hábitos mais fortes do que aqueles aprendidos em sala de aula. A autora do artigo pontua que, ao ensinar, os pais precisam facilitar conversas financeiras abertas e apropriadas. Diante deste desafio, Abeer Ray, em seu artigo National Financial Awareness Day: Why financial literacy in children is important and how to ensure it, aponta alguns possíveis assuntos para guiar essas conversas com os seus filhos, como:

  • Iniciar as conversas com os conceitos básicos sobre ganhos, poupança e investimentos;
  • Abordar a importância de economizar e como garantir economias regulares como o primeiro passo para planejar suas finanças;
  • Discutir como o planejamento de investimentos envolve decisões sobre valores e tempo;
  • Esclarecer sobre os objetivos financeiros distintos, explicando, por exemplo, porque algumas pessoas preferem ações em vez de outros tipos de investimentos;
  • Contar aos filhos sobre o efeito dos juros compostos e sua importância para ajudar seu dinheiro a crescer.

Na perspectiva do especialista, os pais devem ensinar a seus filhos o básico sobre finanças ao mesmo tempo em que os educa sobre outros assuntos, pois quando eles reconhecem a importância do dinheiro em seu cotidiano ao longo de sua formação, se torna mais fácil tomar futuras decisões financeiras prudentes e conscientes.

Para proporcionar uma boa educação financeira em casa é preciso também promover relacionamentos fortes e se tornar modelos de práticas financeiras saudáveis, pois a forma como os pais falam sobre dinheiro e principalmente como tomam as decisões financeiras transmite mensagens marcantes aos filhos. Desse modo, é necessário fornecer a eles um exemplo “vivo” de como é o comportamento financeiro saudável na vida diária, visto que o desenvolvimento de competências também se dá através da prática de comportamentos. Ou seja, os filhos aprendem os padrões de consumo e de organização financeira dos pais. Algumas formas pelas quais os pais podem modelar e proporcionar aprendizado prático para os filhos são destacadas por Emilynn Bleazard, como:

  • Demonstrar bons hábitos de consumo e orçamento durante compras acompanhadas pelos filhos;
  • Permitir que os filhos participem das decisões de consumo possibilita a socialização para atitudes e comportamentos de consumo, bem como habilidades relacionadas ao controle financeiro;
  • Estimular e desenvolver autocontrole durante compras podem ensinar os filhos habilidades essenciais para administrar o dinheiro;
  • Estimular o pensamento crítico, juntamente com conhecimento financeiro básico, podem contribuir para socialização financeira bem-sucedida;
  • A especialista sinaliza que essas opções práticas podem e devem ser baseadas nas experiências individuais e combinadas com conhecimentos financeiros;
  • Oportunizar esse campo de aprendizagem prática, ajuda os filhos a aprender e lidar com as próprias necessidades e preocupações específicas quando se trata de finanças.

Destacamos que a família, de acordo com a dissertação Learning Financial Literacy in the Family, é o agente mais importante de socialização, visto que os indivíduos são fortemente condicionados por sua infância social e de experiências de aprendizagem. Consequentemente, à medida que as crianças se tornam adultos, conceitos formados na infância tendem a desempenhar um papel no comportamento futuro, e todas as aprendizagem que ocorreram no início da vida, muitas vezes são levadas para a idade adulta.

Deste modo, quanto mais falarmos sobre finanças e ensinarmos os filhos a administrarem finanças e modelarem práticas financeiras saudáveis, mais financeiramente independentes, capazes e confiantes serão quando eles transitarem para a idade adulta independente.

Fonte: Penso, Logo Invisto

Como se organizar para viver bem com a sua aposentadoria?

Como organizar a sua aposentadoria é algo que deve ser pensado desde cedo. Apesar disso, muitos deixam esse aspecto de lado na hora de planejar a sua vida financeira. Para te ajudar nessa tarefa, vamos falar sobre aposentadoria e, mais importante, como organizar o seu dinheiro para que ela seja melhor!

De acordo com o IBGE, a previsão é que em 2040 o número de pessoas na faixa etária dos 60 anos supere o restante da população mais jovem; ou seja; o número de aposentados será predominante no país.

Mas, independentemente do que o IBGE diz, sabemos que todos um dia chegaremos lá. O que resta, portanto, é tornar a experiência de se aposentar mais agradável. Com as mudanças na legislação trabalhista, o mais prudente a se fazer é tomar as rédeas da situação em vez de esperar o benefício do governo.

Como juntar dinheiro para se aposentar?

Bom, temos algumas recomendações para você. O primeiro passo, contudo, é aprender a administrar o seu salário. Depois disso, você pode adotar alguns hábitos:

  • Mantenha o INSS em dia; quando você volta a contribuir (principalmente como CLT) você volta a pagar o serviço;
    Atenção: Apesar de ter retornado as atividades, o tempo de serviço não será atribuído quando o contrato for encerrado.
  • Não viva como se o salário adicional fosse garantido; faça dele um bônus. Se possível, mantenha suas necessidades básicas dentro do valor da aposentadoria e guarde o salário extra para realizar suas novas metas de curto prazo;
  • Guarde 10% do que receber como reserva, pois o saque do FGTS só será permitido após o final do contrato;
  • Invista seu dinheiro a longo prazo. Determine uma porcentagem para tirar do seu salário que irá para a sua aposentadoria e aplique em renda fixa ou variável (a opção que você mais conhecer é a ideal). Isso deve ser um compromisso e, quanto antes começar, melhor.

Caso você tenha se aposentado por uma questão de saúde, declarada como invalidez e só conta com a aposentadoria, as suas necessidades são diferentes:

  • Conheça seus direitos; aposentados por invalidez recebem benefícios diferentes do convencional. Por exemplo, isenção do imposto de renda, acréscimo de 25% na aposentadoria, saque do FGTS, quitação de imóvel financiado etc.
  • Viva de acordo para viver plenamente. Por aqui, trabalhamos com a distribuição de 70% para despesas imediatas e 30% para suas novas metas.

Se você já se aposentou e está em uma situação financeira confortável, lembre-se de não ultrapassar os limites e, sobretudo, evitar dívidas. Elas podem escalar rapidamente e consumir a sua aposentadoria. Nessa fase da vida é preciso ter cautela redobrada com em muitas áreas e, quando o assunto é dinheiro, não seria diferente.

Mantenha o mesmo padrão que o aposentado que não pode trabalhar e gaste 70% nas rendas básicas e 30% nos planos futuros. Claro, você ainda pode ousar e juntar com o dinheiro das metas, mas não faça isso sempre.

Como viver bem a sua aposentadoria?

Depois de se dedicar tanto ao trabalho, não tenha receio de cuidar de você. Temos certeza que foram altos e baixos financeiros durante esses anos de contribuição, você merece que seu bem-estar diário seja todo voltado para realizar as metas e sonhos que construiu.

Então se organizze: seja através de um novo curso, uma faculdade, aquela viagem que sempre planejou, um novo hobbie e, quem sabe, uma nova profissão. Com um planejamento financeiro bem realizado, você terá tempo e qualidade de vida para aproveitar essa fase da melhor forma possível.

Fonte: Organizze

Resiliência financeira e planejamento financeiro

Antes de começar esse artigo e falar sobre resiliência financeira, primeiro é necessário entender do que se trata esse assunto e como ele pode ser favorável em nossas vidas. A palavra resiliência, usada para descrever conceitos da física (quando um corpo volta a sua forma original após ser submetido a uma deformação), passou também a ser utilizado por outras áreas, e foi então que ele, no âmbito das ciências comportamentais, ganhou significado de saber lidar com situações adversas, e não apenas isso, mas também passar por elas e se sair ainda melhor e mais forte.

No caso da resiliência financeira, consideramos pessoas que podem passar por dificuldades relacionadas ao dinheiro, mas que tem o vigor necessário para superar essa fase de crise. Vale ressaltar que, mesmo que uma pessoa se organize financeiramente, imprevistos como a perda de emprego ou doenças podem acontecer.

Resiliência Financeira é um processo que se dá a longo prazo, é a capacidade de se recuperar de dificuldades financeiras momentâneas por meio de planejamento e da gestão financeira com foco no objetivo de se fortalecer financeiramente e se reestruturar diante das adversidades. Pessoas financeiramente resilientes, são aquelas que obtiveram educação financeira em algum momento da vida e por essa razão são capazes de se planejar para melhor administrar suas questões financeiras.

O objetivo de se possuir resiliência financeira é a desaceleração de gastos e com isso conseguir ter maior economia, menos dívidas e uma melhor gestão sobre finanças. E por esse motivo, precisamos estar preparados para enfrentar os mais diversos cenários. Hábitos saudáveis como poupar e investir são ótimos aliados das finanças, pois permitem o aumento do patrimônio e evitam surpresas quando algo inesperado acontece.

Desse modo, pode se perceber que quando falamos sobre resiliência financeira, estamos falando também de planejamento financeiro, que nada mais é do que a organização das finanças pessoais, tendo como seu principal pilar de sustentação a disciplina. Entendemos que o planejamento financeiro também é um processo que se ocorre a longo prazo, e quanto antes o indivíduo começar a traça-lo, mais fácil será de alcançar os seus objetivos. Disposição e vontade são essenciais, mas o que de fato irá auxiliar na solução de futuros problemas é o planejamento financeiro.

No início da pandemia do COVID-19, as pessoas precisaram lidar com incertezas e inseguranças, pois nesse período o planejamento financeiro de muitas pessoas foi colocado à prova.

Ter uma vida financeira estável requer trabalho e dedicação. Para ser possível que um indivíduo possua segurança futura, é necessário aprender a economizar e a juntar dinheiro dentro das circunstâncias da vida. O primeiro passo é analisar a situação financeira, identificando onde o dinheiro está sendo gasto e quais gastos podem ser eliminados. Para obter um bom resultado é preciso ter controle financeiro, orçamento equilibrado e assim que for possível, começar a investir para não ser pego de surpresa.

Como visto neste artigo, tanto a resiliência financeira, quanto o planejamento financeiro dependem da organização. Parece óbvio, mas vale reforçar que é preciso saber onde se está e aonde se quer chegar e, só assim, descobrir o caminho a ser seguido.

E você, como realiza o seu planejamento financeiro? Você se considera uma pessoa financeiramente resiliente?

Fonte: Penso, Logo Invisto

Diferenças entre previdência complementar aberta e fechada

O sistema previdenciário brasileiro possui mais de 100 anos de história, tendo sido iniciado com a monarquia portuguesa concedendo aos professores régios, com 30 anos de serviço, uma aposentadoria. Desde então o sistema vem evoluindo para melhorar a condição de milhares de brasileiros, uma vez que se observa uma crescente longevidade e a necessidade de planejar um futuro melhor.

A palavra Previdência, do latim “Previdentia”, significa literalmente “previsão, prevenção”. O termo deriva de “praevenire”, “antecipar, perceber previamente”, literalmente “chegar antes”, de prae-, “antes”, mais venire, “vir”. Portanto, a previdência consiste em se prevenir e antever uma situação futura de possível incapacidade e/ou velhice, em que já não temos mais as mesmas condições de quando jovens em fase laboral.

A previdência privada traz como característica principal o caráter complementar, ou seja, aquele que complementa a previdência social obrigatória do INSS, caso haja o desejo pela complementariedade e manutenção de renda no futuro. Para tal complemento, existem as figuras de previdência complementar aberta e fechada.

A previdência aberta, como o nome diz, é para o público em geral, sem distinção de pessoas e grupos específicos. Ela é ofertada por sociedades seguradoras ou pelas entidades abertas de previdência complementar (EAPCs) e são oferecidos diversos produtos com características personalizáveis. No entanto, destacam-se dois principais produtos: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

Ambos objetivam pagar uma renda por sobrevivência ao próprio participante, todavia existe diferença na forma da tributação aplicada. No PGBL, a tributação é sobre o montante total arrecadado e esse produto só pode ser contratado por quem faz a declaração do Imposto de Renda pela forma completa. Sendo assim, esse plano é mais indicado para quem possui dependentes. Já no VGBL apenas os rendimentos são tributados e não existe a prerrogativa de qual forma é sua declaração de renda. Em regra, nesta modalidade, não existe a contrapartida do empregador/patrocinador.

A previdência fechada é específica para um grupo fechado de pessoas de determinada instituição, em geral entes públicos, estatais e afins. A principal vantagem desse tipo é a presença do patrocinador e a contrapartida contributiva patronal que pode rentabilizar em até 100% de investimento “na partida”, ou seja, em cada aporte realizado já se pode dobrar o seu capital investido. Ela é ofertada pelas entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs) e existem os planos de benefícios nas modalidades de Benefício Definido (BD), Contribuição Variável (CV) e Contribuição Definida (CD). Para saber mais sobre a diferença das modalidades, dê uma lida no artigo As diferentes modalidades de planos de benefício.

Em suma, o importante é saber que, independentemente do tipo de previdência, aberta ou fechada, pensar no futuro e se organizar para que ele seja tranquilo deve ser uma meta de todos. O nosso instituto oferece o plano PostalPrev para novos aportes, que está superavitário e possui ótimas vantagens, dentre elas a paridade contributiva e a vantagem tributária para fins de IR, além dos benefícios de risco de invalidez, auxílio-doença e pecúlio por morte. Se você ainda não aderiu ao plano, não perca essa chance e comece agora mesmo a planejar seu futuro!

Diretoria de Gestão Previdencial do Postalis

Imposto de Renda: o que você precisa saber para fazer sua declaração?

Quando chega o final de cada ano, sempre realizamos uma retrospectiva de tudo que vivemos e conquistamos ao longo dos últimos 365 dias e nos deparamos com inúmeras possibilidades para um ano novo melhor, com novos desafios, responsabilidades e, também, obrigações. Realizar a declaração do Imposto de Renda (ou declaração do ajuste anual), para “fugir do famoso leão”, não fica fora da lista dos deveres anuais.

Em 2023, a Receita Federal do Brasil divulgou que o prazo para entrega da declaração de imposto de renda começa em 15/março e vai até o dia 31/maio e sempre se refere ao exercício anterior. As restituições usualmente começam a ser liberadas aos contribuintes a partir do mês de maio, começando pelos lotes prioritários. Outra novidade é que o contribuinte que utilizar a declaração pré-preenchida ou optar por receber a restituição via Pix, chave CPF – única permitida – terá prioridade no recebimento do valor devido, após as já previstas em lei.

Mas como saber se tenho que fazer a declaração do IR? Existem alguns critérios de obrigatoriedade para se ter esta certeza. Esses foram os critérios referentes ao IR 2023, do início desse ano, relativo ao exercício de 2022:

1) Os brasileiros que tiveram rendimentos tributáveis acima de
R$ 28.559,70, em 2022 por exemplo, tem que declarar o IRPF 2023. Isso corresponde, incluindo o 13º, a uma renda mensal de R$ 2.196,90 (valor pode sofrer variação)
2) Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00. São exemplos disso, o recebimento de herança, doações, lucros ou dividendos, rendimentos da poupança, indenização por rendimento de contrato de trabalho, dentre outros;
3) Quem obteve, em qualquer mês do exercício, ganho de capital na alienação de bens e direitos, sujeitos à incidência do imposto, como venda de imóveis ou automóveis, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
4) Quem optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de novos imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias contados da data de celebração do contrato de venda;
5) Quem obteve, na atividade rural, receita bruta anual em valor superior a R$ 142.798,50 (valor pode sofrer variação);
6) Quem pretende compensar, em 2022, prejuízos na atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano calendário de 2022;
7) Quem teve a posse ou propriedade, em 31 de dezembro de 2022, de bens e direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00. Nesse rol de posses estão inclusos imóveis, veículos, embarcações, aeronaves, construções, joias, investimentos, saldo em conta corrente, dinheiro no exterior e em espécie, bitcoins e demais criptoativos, dentre outros;
8) Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do exercício e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro.

Ou seja, você estará dispensado(a) de declarar seu imposto de renda caso não se enquadre nas condições supracitadas, caso conste como dependente em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual sejam informados seus rendimentos, bens e diretos, ou se teve a posse ou propriedade de bens e direitos quando os bens comuns forem declarados por cônjuge ou companheiro, desde que valor total dos bens privativos não exceda R$ 300.000,00 em 31 de dezembro.

Sendo assim, se não for esse o caso, prepare-se e antecipe-se de forma inteligente para tirar maiores vantagens de todo o processo do IR. Para se evitar erros, não cair na malha fina e garantir a sua restituição, é fundamental conhecer mais sobre os documentos necessários para a declaração do imposto de renda, bem como os comprovantes de renda que precisam ser solicitados às instituições financeiras.

Os documentos pessoais necessários são: i) a carteira de Identidade do declarante; ii) o CPF do declarante; iii) o título de eleitor; iv) o comprovante de residência atualizado; v) o comprovante da atividade profissional; e vi) dados bancários atualizados.

Já os comprovantes de renda são: i) o informe de rendimentos da empresa; ii) o informe de rendimentos de bancos e corretoras; iii) o informe de rendimentos de distribuição de lucros (remuneração paga aos acionistas/sócios de uma empresa); iv) o informe de rendimentos de aposentadoria e/ou pensão; v) comprovantes e documentos de outras rendas (como heranças, doações etc.); vi) o comprovante de rendimento ou pagamento de aluguéis; e vii) comprovantes de pagamentos de saúde e educação.

As despesas com saúde e educação, por exemplo, podem ser restituídas no Imposto de Renda, sendo assim, é fundamental declará-las corretamente. Para incluir os comprovantes de pagamentos no IR, eles devem conter o nome, CPF ou CNPJ e endereço do prestador, serviço prestado e valor, além dos dados de quem está declarando. Portanto, não deixe de solicitar e guardar nota fiscal de atendimentos médicos ao longo do ano, bem como pedir o histórico de pagamento de mensalidades de graduações/pós-graduações realizadas no exercício em questão.

Para os comprovantes de compra e venda de bens, é necessário ter o contrato, a escritura, a nota fiscal ou recibo com nome e CPF de quem comprou ou vendeu e dados da transação (à vista, a prazo ou financiado).

Sendo assim, diante de todo o exposto, em posse de todos os documentos, você poderá preencher corretamente sua declaração do IR, através do PGD (Programa Gerador da Declaração), software que deve ser instalado no seu computador, através do e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Faça o download aqui: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf

Para mais esclarecimentos sobre o assunto, veja os vídeos de Divulgação das Novas Regras do IRPF 2023 https://www.youtube.com/watch?v=7y4PhXxuT4E e Entrevista sobre as novas regras do Imposto de Renda 2023
https://www.youtube.com/watch?v=jITytv2U1X8 .

Você sabe como funciona a margem consignável no Postalis?

Margem consignável é o limite máximo de porcentagem permitido por Lei, para desconto das parcelas de empréstimo em contracheque do salário ou benefício.

Onde consultar a margem?

Para os participantes ativos é possível consultar a margem consignável disponível no rodapé do contracheque emitido pelo empregador (Correios). Já para os aposentados no Instituto (Postalis) é possível consultar diretamente no Postalis Online, na simulação de empréstimo, conforme tela abaixo:

Quando a margem é atualizada?

A margem é atualizada todo quinto dia útil de cada mês.

Por que ela existe?

A margem existe para evitar que quem solicite o consignado comprometa uma parcela grande dos seus rendimentos apenas para pagar os empréstimos, por exemplo.
Para evitar uma situação de endividamento, a margem consignável atua como uma “trava de segurança” que estabelece um limite para o desconto mensal das parcelas no seu salário ou benefício.

Agora que você entendeu como funciona a margem consignável, pode se organizar melhor para solicitar um empréstimo que vai ajudar no seu orçamento.
Acesse o Postalis Online e consulte suas condições.

 

Os benefícios da previdência privada, contribuições adicionais e os benefícios fiscais no IR

Há alguns anos já podemos perceber que a Previdência Social (INSS) não consegue equilibrar seu sistema de repartição simples, onde o trabalhador jovem que entra no mercado de trabalho contribui para que o aposentado possa receber seu benefício, o chamado “pacto geracional”. Como consequência, foi realizada a reforma da previdência recente, de 2019, que visou conter o déficit da previdência e evidenciar ainda mais a necessidade de uma previdência complementar para suplementação de renda e manutenção do padrão de vida da ativa, especialmente para entes públicos em decorrência de fixação do teto do INSS.

A Previdência privada é a construção de uma renda extra para projetos futuros, podendo ser usada como um reforço complementar para a aposentadoria oficial (INSS), mas servindo como uma ótima opção de investimento. No Plano PostalPrev, por exemplo, todo o valor contribuído pelo participante tem a contrapartida patronal, ou seja, você possui 100% de rentabilidade sobre seu investimento mensal para o plano “na partida”, sem contar as melhores condições de rentabilidade dos seus recursos por uma entidade fechada de previdência complementar de grande porte.

Na previdência se busca o planejamento financeiro da sua aposentadoria na medida que, quanto mais você contribui para o PostalPrev, por exemplo, maior será o seu saldo de contas e maior será o seu benefício futuro. E ainda há outra vantagem que deve ser amplamente divulgada: a contribuição voluntária adicional (no Regulamento do plano está descrita como Contribuição Extraordinária), que pode ser realizada até o final do ano, que visa potencializar o benefício fiscal para o imposto de renda do exercício de 2022, na declaração que será realizada em 2023.

O benefício fiscal para a previdência vai até o patamar de 12% dos seus rendimentos tributáveis anuais. Isso significa que o participante pode efetuar contribuições facultativas para utilizar todo o limite de 12% da renda tributável e realizar o ajuste na declaração anual do IRPF. Portanto, em linhas gerais, se os seus rendimentos totais somam R$ 100.000,00 por ano, você pode deduzir R$ 12.000,00 da sua base anual de cálculo do Imposto de Renda. Esse valor anual representa, no âmbito mensal (incluindo 13º) um valor de R$ 923,07, ou seja, é o valor de contribuição mensal que “potencializa e maximiza o seu benefício fiscal”.

Se sua contribuição mensal não chega nesse patamar, nesse caso, você pode realizar um aporte adicional que complemente os R$ 12.000,00, de repente utilizando o seu 13º salário, de forma a maximizar seu benefício fiscal que garanta uma melhor restituição de IR no ano que vem. Veja nossa chamada no link do site do Postalis que ainda dá tempo de realizar sua contribuição voluntária adicional: https://www.postalis.org.br/2022/12/13/contribuicao-voluntaria-e-oportunidade-para-turbinar-aaposentadoria-e-pagar-menos-impostos/.

Caso ainda não participe de plano, não perca tempo, adira ao Plano PostalPrev e contribua com o máximo que couber no seu orçamento porque, afinal, tudo que contribuir mensalmente entrará dobrado no seu saldo de contas! Pense na sua aposentadoria, no seu futuro e na sua família!