Diante do desconforto gerado nos participantes pela nota divulgada por um membro do Conselho Fiscal em seu blog de campanha (ele é também candidato nas próximas eleições do Postalis), esclarecemos que, diferentemente do que afirma o conselheiro/candidato, o Postalis não fez investimentos no BNY Mellon.
A verdade: os investimentos em renda variável foram realizados em fundos abertos, existentes no mercado há muitos anos, selecionados de acordo com os normativos internos do Postalis, com gestores de alta performance e comprovada excelência operacional. Para escolher em que fundo investir, o Postalis faz uma seleção de gestores por meio de um rigoroso processo de avaliação das habilidades, capacidades e resultados.
A partir desse processo, seleciona os fundos que melhor atendem os objetivos e estratégias de alocação das carteiras de investimentos do Instituto. Dentre os fundos escolhidos, alguns são administrados pelo BNY Mellon. O que não quer dizer que o Postalis investiu no BNY Mellon.
Não é responsável comparar os investimentos em renda variável realizados dentro do modelo de governança atual aos investimentos realizados no passado.
Veja o que mudou:
Até novembro/2013 | Hoje |
O Diretor de Investimentos podia investir, sem ouvir ninguém, até 200 milhões de reais, por investimento (alçada). | O Diretor de Investimentos não pode investir nada sozinho (não tem alçada). |
O Comitê de Investimentos, em alguns casos, recebia a informação depois do investimento já realizado. | Qualquer investimento, para ser feito, passa por análise das Gerências de Aplicações, de Ativos e de Riscos. Depois vai para o Comitê de Investimentos. Se recomendado, segue para aprovação da Diretoria Executiva e, dependendo do montante, também para o Conselho Deliberativo. |
Investimentos em créditos tinham classificação de riscos dada por empresas nacionais. | É exigida a classificação feita por empresas internacionais. |
Investimentos em renda variável: ação de qualquer empresa, dentro da alçada do Diretor de Investimentos. | Tem que seguir todo o trâmite acima, para aprovação da estratégia, com a exigência adicional de serem ações líquidas e que componham a lista do índice da BOVESPA. |
O Administrador Fiduciário escolhia o gestor. | O gestor é selecionado pelo Postalis. |
É importante também ver uma pequena comparação da composição das carteiras de investimentos:
Novembro/2013 | Hoje | |||
BD | PostalPrev | BD | PostalPrev | |
Renda Fixa – Títulos Públicos | 3,64% | 8,30% | 28,58% | 59,40% |
Renda Variável | 1,20% | 1,39% | 4,12% | 15,93% |
Todos sabem que o Postalis concentrou os investimentos em Títulos Públicos, uma decisão pioneira, quando o atual Presidente era Diretor de Investimentos, que foi seguida por outros fundos de pensão. Todos sabem também que a queda dos juros e da inflação provoca a redução das taxas de retorno oferecidas pelos Títulos do Tesouro Nacional, isso faz com que os rendimentos sejam menores que a meta atuarial. Quando isso acontece, gera déficit atuarial, que é pago pelos participantes na forma de equacionamento. Assim, como está sendo divulgado amplamente nos meios de comunicação, os fundos de pensão têm que, obrigatoriamente, buscar novas formas de investimento que ajudem a evitar a geração de déficits. A atual diretoria tem trabalhado muito para reverter os resultados e resgatar a credibilidade do Postalis diante dos participantes. A divulgação de notas que não espelham a realidade ou que distorcem fatos, seja por desconhecimento ou oportunismo, presta um desserviço aos participantes, à patrocinadora, aos órgãos estatutários e aos órgãos fiscalizadores. Por todo o exposto e em nome da transparência, convidamos o conselheiro/candidato para um debate presencial, que será realizado no próximo dia 05/04 (quarta-feira), às 18h30, no auditório do Postalis. Também convidamos todos os participantes e as entidades representativas.
Diretoria Executiva